Escritor

No amadurecimento de um escritor não há nada semelhante às cópias das pinturas da Capela Sistina dos começos de Jackson Pollock, com as suas interessantes alusões a Thomas Hart Benton. O escritor, podemos vê-lo a aprender desajeitadamente a andar, a ajeitar a gravata, a fazer amor, a usar o garfo e a faca. Dá a impressão de alguém que está muito só e determinado a dedicar-se à sua formação. Ingénuo, provinciano no meu caso, por vezes bêbado, por vezes obtuso, quase sempre desajeitado, mesmo uma selecção cuidada da sua obra inicial será a nua história da sua luta para conseguir uma formação em economia e amor.

John Cheever, no prefácio à edição do primeiro volume dos seus Contos Completos (Sextante).

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