Ano novo...

O início do ano não tem sido fácil. A morte de uma camarada de redacção, o Zé Manel, faz com que reequacionemos muita coisa. Começamos a pensar no que verdadeiramente faz sentido na nossa profissão, jornalistas. É isso que as pessoas nos deixam: exemplos que podemos escolher seguir. Lições passadas subtilmente nas conversas do dia-a-dia, nos desentendimentos, nas confusões, nas alegrias, nas vitórias, nas conquistas, nos sonhos, nas utopias, nas recusas. Nos pormenores. E depois uma pessoa põe-se a pensar. O que é que realmente importa nesta nossa profissão? E só isso compensa a perda. A dúvida. Uma pessoa poder duvidar, duvidar-se, para, assim, à luz de uma vida bem vivida, construir as suas certezas. Provisórias ou definitivas. Profundas ou superficiais. Porque só isso interessa: pensar e pensar-se. Questionar e questionar-se. Escrever e escrever-se.

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